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BLOG DOS NONOS ANOS DA ESCOLA ESTADUAL CORONEL TONICO FRANCO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

MATEMÁTICOS FEITICEIROS

Conta-se Rebière que o czar Ivan IV, apelidado o terrível, propôs, certa vez, um problema a um geômetra de sua corte. Tratava-se de determinar quantos tijolos seriam necessários à construção de um edifício regular, cujas dimensões eram indicadas. A resposta foi rápida e a construção feita veio, mais tarde, demonstrar a exatidão dos cálculos. Ivan, impressionado com esse fato, mandou queimar o matemático, persuadido de que, assim procedendo, livrava o povo russo de um feiticeiro perigoso.
François Viète – o fundador da álgebra Moderna – foi também acusado de cultivar a feitiçaria.
Eis como os historiadores narram esse curioso episódio:
“Durante as guerras civis na França, os espanhóis serviam-se, para correspondência secreta, de um código em que figura-se para correspondência secreta, de um código em que figuravam cerca de 600 símbolos diferentes, periodicamente permutados segundo certa regra que só os súditos mais íntimos de Felipe II conheciam. Tendo sido, porém, interceptado um despacho secreto da Espanha, Henrique IV, rei da França, resolveu entregar a sua decifração ao gênio maravilhoso de Viète. E o geômetra não só decifrou o documento apreendido como descobriu a palavra escrita no código espanhol. E dessa descoberta os franceses se utilizaram, com incalculável vantagem, durante dois anos.
Quando Filipe II soube que seus inimigos haviam descoberto o segredo do código tido até então como indecifrável, foi presa de grande espanto e rancor, apressando-se em levar ao papa Gregório XIII a denúncia de que os franceses, “contrariamente à pratica da fé cristã”, recorriam aos sortilégios diabólicos da feitiçaria, denúncia a que o sumo pontífice não deu a mínima atenção.
Não deixa, porém de ser curioso o fato de ter sido Viète – por causa de seu talento matemático – incluído entre os magos e feiticeiros de seu tempo.”

(Retirada do livro: MATEMÁTICA DIVERTIDA E CURIOSA – Prof. Júlio César de Melo e Souza – Malba Tahan - páginas 7 e 8)

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